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A cannabis também é gastronomia 

O universo da cannabis vem evoluindo pelo mundo e o que antes era considerado contravenção, cada vez mais se transforma em inovação – principalmente quando o assunto é saúde e bem-estar. O uso recreativo da cannabis já é liberado em muitos países e isso abriu portas para inúmeros setores da indústria – que vão desde a construção civil até a alimentícia. 

Low/no alcohol

Uma tendência de comportamento observada entre as novas gerações é a diminuição do interesse pelo consumo do álcool. O que não significa que este público não esteja buscando os efeitos positivos da bebida – como a sensação de relaxamento e calma que o álcool oferece.

Sabendo disso e de olho nesse mercado players gigantes da indústria alimentícia como a Coca-Cola vem investimento pesado nesta promissora frente de negócio. A sofisticação chegou através da gastronomia, com receitas que vão muito além das conhecidas iguarias da adolescência como o brigaderonha e os spaces cookies [quem nunca, não é mesmo?]. 

Na Netflix, por exemplo, já tem reality focado nas receitas canábicas – como é o caso do Cooking On High – uma espécie de “Master Chef”, em que 10 chef disputam a atenção de jurados especializados pelo prato mais saboroso. 

foto reprodução The Summer Hunter 

| E o Brasil?

Infelizmente, ainda vivemos um retrocesso – para ser mais elegante, vamos chamar de delay – pois, por aqui ainda é crime consumir cannabis no país.

Uma luz no fim do túnel: o CBD

Por aqui, o CBD pode ser consumido através de uma autorização especial junto à Anvisa – inclusive, nós ajudamos você em todo o processo pra conseguir utilizar nossos produtos [sempre bom lembrar, né].

Wellness e food com cannabis

Já é sabido que nosso sistema digestivo está muito ligado ao nosso desempenho – o CBD por exemplo, se conecta com os receptores que já temos no nosso organismo – o sistema endocanabinoide que entre outras coisas regula a homeostase e diminui os índices de cortisol da células. É comprovado que o CBD auxilia em dores, ansiedade, melhora o sono e disposição – além do foco, em muitos dos casos. As pessoas buscam cada vez mais formas de encontrar bem-estar através daquilo que é ingerido. A alimentação hoje é vista como uma forma de medicina preventiva para inúmeros sintomas e doenças.

Hoje já existem diversos tipos de lugares que oferecem alta gastronomia com cannabis e inclusive, aqui no Brasil, temos bons exemplos de profissionais que decidiram se especializar no assunto.
Como é o caso da Lilica420 que oferece um curso de culinária canábica que além de ensinar os segredos de deliciosas receitas, também é uma importante ativista e quebra inúmeros tabus quando o assunto é cozinha canábica. E, fizemos uma super entrevista – exclusiva – com ela!

  • Conte um pouco sobre seu trabalho. Como se desenvolve no Brasil?

Falando um pouco do meu trabalho, costumo brincar que sou maconheira de carreira já há 25 anos, mas por muito tempo eu não tinha noção do que era cannabis, porque eu cresci dentro de uma bolha proibicionista, sabe? Minha família foi extremamente proibicionista, as pessoas com quem eu convivia também cresceram com isso. Só que quando cheguei aos 38 anos, há uns sete anos atrás – mais ou menos, consegui ter contato com minhas primeiras experiências de cultivo. Foi também, quando entrei na turma de cultivo do Growroom – momento que entendi melhor sobre o assunto, antes só tinha como base aquilo que aprendi pelos métodos tradicionais. Isso significa que, minhas informações anteriores era que a cannabis era porta de entrada pra outras drogas, que jamais conseguiria emprego ou me formaria – resumindo, seria uma desclassificada se as pessoas soubessem que fumava cannabis. Mas na realidade, não era bem assim…

“Me sentia muito bem na real – conseguia controlar a ansiedade. Tinha muito foco pra executar minhas tarefas.”

A disruptura!  Quando comecei a estudar sobre o assunto e entendi que dentro da gente temos o sistema endocanabinóide – e como é sua atuação no nosso organismo – isso foi uma transformação. Sentia necessidade de compartilhar os conteúdos que estava aprendendo. Sempre curiosa que fui, comecei minhas experiências culinárias aos 18 anos – tentando fazer um bolo de cannabis. Tudo bem juvenil, mal sabia cozinhar com cannabis. O que rolou foi um daqueles bolos de caixinha com cannabis ralada e um mix que foi pro forno. Resultado: o prédio inteiro ficou fedendo cannabis – e na semana seguinte, cartazes foram espalhados: “Não fume cannabis nos corredores”. (rsrs)

 

foto reprodução Instagram: @lilica.420

Mas ali foi o start. O entendimento que fui adquirindo sobre a planta me permitiu novas experiências com o cultivo. Comecei a ter matérias-primas disponíveis pra fazer novos testes culinários – em diferentes técnicas. Foi tempo até me aprimorar e encontrar os melhores resultados – os detalhes eram muitos (tempo, temperatura, divergências de informações). O melhor foi desenvolver uma metodologia autoral que chegou num lugar – que funcionava muito bem pra mim. A partir desta segurança no meu trabalho, comecei a compartilhar o que fui descobrindo pelo Insta. No começo era um perfil falso, ainda tinha vergonha em me assumir maconheira. Só que começou a fazer sucesso nesta empreitada, comecei a ser mais e mais procurada pra responder perguntas. Foi aí que formatei um método e lancei um e-book – que foi super bem recebido.

Então, em março de 2020 lancei meu curso de culinária. E, hoje em dia, não promovo jantares, não vendo manteiga, nem óleo – só distribuo conteúdo. Tenho mais de 550 alunos inscritos no meu curso gastronômico canábico, que oferece certificado – e conta com 30 aulas técnicas que explicam o funcionamento do sistema endocanabinóide e como a cannabis pode ajudar a ter uma condição de vida melhor.

Ajuda em várias condições diferentes como dores, insônia, ansiedade e muito mais. Além do curso, todas as terças-feira faço uma aula ao vivo. Lá é o momento de esclarecer dúvidas – do tipo, dosagem, temperatura, falamos sobre extrações {fazemos isso, né?]. São diversos tipos de receitas diferentes que vão desde sobremesas, pratos salgados, entradas até drinks. Os alunos saem formados e seguros de como utilizar a cannabis na alimentação corretamente.  

“Achei que quando lancei o curso, iria encontrar muito maconheiro louco buscando uma brisa inteira e duradoura. Na verdade, o que encontrei foi muito paciente.”

Muitos interessados queriam administrar microdose – tenho alunos, inclusive, que nem fumavam cannabis e começaram a fazer o uso – através, dos comestíveis e melhoraram muito a qualidade de vida – isso me orgulha de poder falar. Existe muita desinformação na internet – por isso, decidi fazer um livro – super compacto – que é como um guia definitivo pra quem quer inserir a cannabis na alimentação de forma correta e segura, controlando a dose e a onda que quiser chegar. Isso, significa que pode fazer uma micro dosagem sem ter barato algum – somente pra alcançar um controle da homeostase do corpo. 

  • Como vê o futuro da gastronomia canábica no Brasil e no mundo?

Sobre o futuro. 

Como disse, acabei encontrando pessoas que nem faziam uso da cannabis. É agressivo, tudo oferecer um baseado pra alguém, né? Tem o cheiro forte característico, tem gente que não gosta e tem gente que não pode fumar. Aí entra a culinária – preparar uma receita gostosa ou mesmo servir um chocolatinho, uma balinha de goma, brigadeiro – alguma coisa assim, deixa mais fácil pra quebrar tabus e preconceitos. Só que na maioria dos países, onde a ganja é legalizada, existe ainda uma zona cinzenta. Tô falando sobre a questão de atuar como um restaurante ou em jantares – pois, tudo precisa ser muito bem dosado em função da necessidade do paciente e da reação, sabe? Cada pessoa, reage de uma forma única e diferentemente de um baseado – que os efeitos passam em 01h30 – os comestíveis da cannabis – você pode sentir uma onda que dura de 6 à 8 horas – já ouvi relatos de até 12hs de onda. Tem gente que dorme e acorda chapado – então, existe todo um cuidado, né. Mas aí entraria a vigilância sanitária, pra evitar que não haja nenhum tipo de intoxicação. Por isso, fica difícil padronizar a dosagem dentro de um restaurante, por exemplo.

Acredito que o futuro é ser bem transparente com os consumidores e deixar bem claro o que está sendo consumido – ao mesmo tempo, tentar encontrar uma forma de regulamentação para que os restaurantes também possam atender esse mercado.

  • Conta pra gente algumas dicas de receitas – tem com o CBD?

Sempre que me perguntam o que é um prato em fusionado, digo que em fusionado e um prato com canabinóides – seja CBD ou THC. A todo momento me indagam sobre qual é o que mais gosto e minha devolutiva é outra pergunta: qual é a melhor forma de fusionar? Isso porque a gente pode colocar cannabis em qualquer receita – até numa macarronada [que adoro, inclusive]. 

“Pra mim, uma das partes mais divertidas de cozinhar com cannabis é a hora de batizar as criações. Os pratos que mais gosto são aqueles que geram memórias afetivas. Sou de origem libanesa, então adoro preparar um bom quibe com azeite em fusionado – bem temperadinho pra comer com um pão árabe. Pra mim, isso é o suprassumo do sabor.” 

Ah! Um detalhe importante, gosto muito de ingredientes frescos – só assim, conseguimos saborear aquele gostinho herbal da planta. Curto também, usar outras partes da planta que são as que não tem tantos canabinóides – como as folhas largas, que são riquíssimas em fitonutrientes. Faço elas empanadas – com aquela pitadinha de amor e cannabis [risos]. Pra acompanhar, bato ovo com azeite, cannabis e fica uma maionese deliciosa. Dá pra servir estas folhas empanadas como o recheio de um hambúrguer de cannabis – e, bora ser feliz. Gostou muito dos drinks também e uso bastante o extrato de cannabis pra bebidas mais suaves. Quer conhecer mais sobre o trabalho da Lilica 4:20? Clica aqui

Seguindo o baile, nessa jornada pela gastronomia canábica – tem também, o chef capixaba Gustavo Colombeck que foi ao Uruguai para aprender e investir na gastronomia com cannabis. Ele desenvolveu um trabalho super especial com alfajores e também agora oferece um serviço exclusivo de chef particular para eventos privativos.

Mais um brasileiro de destaque é conhecido como Green Chef, o Bruno Buko, tem pesquisas de décadas sobre o uso alimentício da cannabis. Radicado no Uruguai, ele desfruta do ambiente legalizado para oferecer harmonizações que aproveitam tudo de melhor que a planta pode oferecer.

É tudo natural! O CBD é aquele hack que você tanto precisava pro corpo e mente.

As definições de alimentação saudável foram atualizadas [com sucesso] após a pandemia. Além das dietas funcionais, é possível notar um comportamento de cuidado com o corpo – os consumidores hoje monitoram e criam novos rituais através de seus dispositivos wearable para entender melhor suas atividades biológicas.

Onde entra a Humora nisso?

Nós desenvolvemos produtos completos com base em intensa pesquisa científica que une fitoterápicos potentes e CBD em combinações que resolvem diversos problemas – como: dores diversas, ansiedade, insônia, TPM, insônia, falta de libido e muito mais. Tá a fim de dar um boost e ganhar ainda mais qualidade de vida? Conheça nossas soluções, é facinho de conseguir entrar nessa jornada do CBD. Vale lembrar que o canabidiol não contém contra indicações, não é psicoativo – ou seja, não dá barato e nem vicia.

 

Referências bibliográficas via Hypeness, The Summer Hunter, Catraca-Livre e Revista L’officiel

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